Uma cidade egípcia antiga nas margens do Rio Nilo, Luxor é um dos sítios arqueológicos mais famosos do país. Muitos chamam-na de “o maior museu ao ar livre do mundo”, com templos deslumbrantes, túmulos espetaculares e outros monumentos antigos bem preservados.
A margem leste acolhe um moderno centro urbano e dois grandes complexos de templos, Luxor e Karnak. Aqui, os viajantes encontrarão muitas lojas, hotéis e restaurantes. A margem oeste é uma enorme necrópole, com templos funerários e túmulos de faraós egípcios. Quer deseje explorar estes sítios arqueológicos, desfrutar de um passeio de feluca ao pôr-do-sol no Rio Nilo ou visitar museus para aprender mais sobre a história da cidade, há imenso para fazer e ver em Luxor.
Este itinerário de 2 dias pode ajudá-lo a planear a sua visita a Luxor. Inclui uma lista das melhores atividades, bem como sugestões de onde passar a noite e onde comer.
O
seu passeio matinal começa em frente ao Complexo do Templo de Karnak, um dos
maiores complexos de templos feitos pelo homem em todo o mundo. Situado na
margem leste do Nilo, é na verdade o segundo local mais visitado do país depois
das Pirâmides de Gizé. Prepare-se para explorar vários templos, enormes colunas
de arenito, monumentos e outras maravilhas arquitetónicas. Pode visitar este
vasto complexo com um guia local ou explorar as atrações ao seu próprio ritmo.
Encontrará
este templo bem preservado, construído pelo rei Ramsés III, assim que entrar no
Complexo do Templo de Karnak pelo primeiro pilone. Com muitas estátuas do
governante egípcio Ramsés III, a entrada do templo é impressionante. As paredes
do templo estão decoradas com inúmeras inscrições valiosas que contam as
histórias das guerras do segundo faraó da 20ª Dinastia. Há também duas pequenas
salas que eram utilizadas para diferentes rituais.
A
parte mais impressionante do complexo de Karnak, a Sala Hipóstila está dividida
em duas secções e possui 134 belíssimos pilares cobertos com hieróglifos que
louvam Amon-Rá e Min, o deus da fertilidade. Estas ruínas estão entre as
conquistas arquitetónicas mais notáveis dos antigos egípcios. Um facto curioso
é que o pátio da Sala Hipóstila foi utilizado como um dos cenários do filme de
James Bond, “O Espião Que Me Amava”.
Os
viajantes que visitam o Complexo do Templo de Karnak não devem perder este
marco histórico bem preservado. Construído entre 1435–1425 a.C., o Templo de
Tutemés III foi destruído por um terramoto. O que resta do templo são
fragmentos de paredes cobertos com relevos decorativos e entalhes intricados,
bem como uma pintura de Maria que pode ser vista numa das colunas. Embora
grande parte do templo esteja em ruínas hoje, ainda é possível admirar a
arquitetura impressionante.
A
última paragem do seu passeio matinal é uma estrutura antiga extraordinária
dedicada ao deus da lua, filho de Amon e Mut, Khonsu. Localizado dentro do
Complexo do Templo de Karnak, o Templo de Khonsu está atualmente em
restauração, mas aberto ao público. Com os seus impressionantes pilones e
colunas maciças decoradas com hieróglifos e entalhes, o templo apresenta um
aspeto imponente. Cerimónias religiosas e encontros realizavam-se na sala
principal do templo.
Se
já teve a sua dose de templos históricos e ruínas, recomendamos uma visita a
este pequeno museu que alberga uma vasta coleção de artefactos encontrados na
região de Luxor. As peças em exposição no Museu de Luxor variam entre duas
múmias reais e estátuas, até armas, objetos funerários e uma coleção de taças
de prata. Também pode assistir a vídeos que explicam como são feitas as folhas
de papiro e ver uma bela exposição de amuletos no piso superior. O ar
condicionado, a sinalização clara e as explicações sobre os objetos tornam a
visita ao museu muito acessível. Tenha em conta que não é permitido fotografar
os artefactos.
Outro
museu que merece uma visita no centro de Luxor, o Museu da Mumificação conta a
história do processo de mumificação. Terá a oportunidade de ver muitas
ferramentas e materiais usados nesse processo, bem como uma múmia real e
objetos cerimoniais. Também há múmias de espécies animais como crocodilos,
gatos, aves e peixes. A visita ao Museu da Mumificação demora cerca de 30
minutos. Se quiser comprar lembranças, passe pela loja de presentes no local.
Ligado
ao Complexo do Templo de Karnak através da Avenida das Esfinges, o Templo de
Luxor é um local onde muitos antigos reis realizavam as suas coroações. Ao
contrário da maioria dos outros templos da cidade, este não é dedicado a um só
deus. O templo é enorme e está dividido em várias secções. Veja as pinturas
encantadoras nas paredes, as colunas maciças e os hieróglifos deslumbrantes.
Termine
o seu dia com uma visita a esta loja encantadora onde pode comprar pinturas em
papiro da mais alta qualidade. O proprietário, Mohsen, é uma pessoa que não se
encontra todos os dias. Talentoso, muito simpático e gentil, Mohsen tem uma
paixão pela arte e está sempre mais do que feliz por mostrar a loja aos
visitantes. As pinturas são requintadas e os preços bastante razoáveis.
Passará
o dia inteiro na margem oeste do Nilo, em Luxor. Este paraíso arqueológico com
uma série de templos funerários faraónicos é a atração turística mais popular
desta parte do Egito. Conhecida como a Necrópole Tebana, a área abriga uma das
maiores coleções de tesouros arqueológicos do mundo. A sua primeira paragem da
manhã é o Vale dos Reis, uma antiga necrópole com mais de 60 túmulos egípcios
antigos. Normalmente, há cerca de 8 túmulos abertos ao público, mas só é
possível visitar 3 com um bilhete de entrada. Para visitar o túmulo do jovem
rei Tutancámon, descoberto há cerca de 100 anos, terá de adquirir um bilhete
separado. Visitar estes túmulos e ver os hieróglifos bem preservados nas
paredes é uma experiência verdadeiramente única.
Um
monumento histórico excecional construído em homenagem à rainha Hatshepsut e ao
deus do sol (Amon-Rá), o Templo Funerário de Hatshepsut é conhecido pelo seu
encantador pátio aberto, grandes estátuas e vistas magníficas a partir do
terraço superior. O que o torna diferente de outros templos da região é o facto
de estar integrado diretamente na montanha. Os visitantes podem caminhar até ao
templo a partir da entrada ou apanhar um pequeno shuttle elétrico por um valor
simbólico. Prepare-se para caminhar bastante e subir até ao terceiro nível do
templo.
Se
quiser evitar as multidões, recomendamos uma visita aos Túmulos dos Nobres.
Estes túmulos são menos frequentados do que outros locais da zona, apenas porque
não fazem parte da maioria dos roteiros turísticos. No entanto, os túmulos dos
Nobres, com as suas belas pinturas que retratam cenas da vida quotidiana
egípcia, valem definitivamente a pena. Normalmente, há 2 a 3 túmulos abertos ao
público. As melhores pinturas que encontrará no interior estão no Túmulo de
Benia, Túmulo de Menna, Túmulo de Sennofer e Túmulo de Rekhmire.
Com
vista para um pitoresco palmeiral, o bem preservado Templo Funerário de Seti I
está localizado no extremo norte da necrópole. O local recebe menos turistas
devido à sua localização remota, por isso é provável que tenha o espaço todo só
para si durante a visita. Construído por Seti I e concluído pelo seu filho
Ramsés II, o templo possui ruínas do átrio e dos primeiros e segundos pilones.
Pode ver as fundações do palácio, bem como paredes com baixos-relevos
impressionantes.
O
seu passeio da tarde começa no Vale das Rainhas. Menos movimentado do que o
Vale dos Reis, este local abriga cerca de 80 túmulos, muitos dos quais
inacabados e sem decorações. Normalmente, há entre 3 a 4 túmulos abertos ao
público, incluindo o famoso Túmulo de Nefertari, com as suas câmaras
extraordinárias cobertas por pinturas lindamente coloridas nas paredes. Não
perca o Túmulo do Príncipe Amen, que também exibe inscrições impressionantes.
Também
conhecido como Vale dos Artesãos, Deir el-Medina é onde encontrará os túmulos
dos artesãos que construíram os túmulos no Vale dos Reis e no Vale das Rainhas.
Terá a oportunidade de ver os restos desta aldeia operária, bem como belas
obras de arte nas paredes e tetos dos túmulos abertos ao público (Túmulo de
Inherka, Túmulo de Sennedjem e Túmulo de Peshedu). Não é permitida a fotografia
no interior de nenhum dos túmulos.
Embora
pouco reste do templo funerário construído por Ramsés II, as ruínas que
encontrará aqui são impressionantes. Existem fragmentos de enormes estátuas,
bem como belas inscrições no interior do templo. Pode ver dois pátios, um
santuário, algumas câmaras e salas hipóstilas. A principal atração no Ramesseum
é a estátua colossal caída que inspirou o poema ‘Ozymandias’, do famoso poeta
Shelley.
Termine
o seu dia nos Colossos de Memnon, duas imponentes estátuas de 18 metros de
altura que outrora guardavam a entrada do templo funerário do faraó Amenhotep
III. Embora os rostos de ambas as estátuas estejam bastante danificados e em
mau estado de conservação, o tamanho das estátuas é o que atrai os visitantes a
estas ruínas de um templo egípcio antigo. A entrada neste local é gratuita e
levará cerca de 10 minutos a pé desde o parque de estacionamento até à base das
estátuas.
A
cidade de Luxor tem um clima desértico, o que significa que pode ficar
extremamente quente no verão, com temperaturas que chegam aos 41 °C. Explorar
templos, túmulos e outras ruínas com este calor pode ser bastante difícil, pois
quase não há sombra nestes sítios históricos. Se planeia visitar Luxor no
verão, para evitar temperaturas insuportáveis, dirija-se aos templos bem cedo
de manhã. O inverno é sem dúvida a época mais popular para visitar Luxor, com
temperaturas agradáveis (20 °C-25 °C) durante o dia. Tenha em atenção que as
noites de inverno podem ser frias, por isso traga roupa quente. Para evitar
multidões e conseguir melhores preços em alojamento, pode visitar a cidade nas
épocas intermédias (março a abril) e entre outubro e novembro. Com temperaturas
agradáveis e sem hordas de turistas, esta é uma altura perfeita para explorar os
locais mais famosos da cidade.