Já alguma vez se apaixonou num comboio? Não? Pois bem, o Gotthard
Panorama Express está aqui para mudar isso. Nada de conversa fiada, apenas
vistas alpinas de cortar a respiração, carruagens elegantes e o tipo de drama
que só um desfiladeiro suíço consegue proporcionar.
Isto não é uma viagem comum do ponto A ao ponto B. É um flirt cénico e
tranquilo entre Luzerna e Lugano. Imagine-se a embarcar numa jornada onde
navega por um lago de conto de fadas a bordo de um barco a vapor vintage.
Depois, desliza por vilas paradas no tempo e túneis em espiral num comboio
panorâmico tão suave que faz o seu espresso matinal parecer obsoleto.
Esqueça a velocidade. Isto não é o TGV. Este é o comboio “Leva o teu tempo,
querido/a”. Vai desfrutar da Mãe Natureza através de janelas panorâmicas tão
grandes que praticamente imploram para encostar o rosto nelas como um golden
retriever entusiasmado.
E quando pensa que já não pode ficar mais cinematográfico, o comboio começa a
serpentear por túneis em espiral do século XIX que desafiam tanto a gravidade
como a lógica. Sim, os aviões são mais rápidos. As autoestradas são mais
baratas. Mas nenhuma delas lhe oferece comentários, charme e a oportunidade de
atravessar uma montanha enquanto petisca queijo local. Esta é viagem lenta com
estilo.
Portanto, vá em frente. Apaixone-se perdidamente. O Gotthard Panorama Express é
o tipo de comboio que transforma um horário em história de amor.
Comece a sua viagem em Luzerna. Esta cidade parece uma bola de neve que
alguém abanou com demasiada força e nunca mais quis guardar.
O primeiro capítulo deste conto de fadas é feito de curvas empedradas, torres
medievais e um lago tão encantador que parece piscar-lhe o olho.
A sua primeira paragem para selfies? Kapellbrücke, a ponte coberta em madeira
mais antiga da Europa. Construída em 1333 (sim, mais antiga do que muitas
universidades), esta ponte é a Beyoncé de Luzerna: sempre fotografada,
instantaneamente reconhecível e um pouco demasiado perfeita. Aqui verá pinturas
do século XVII sob as ripas do telhado.
A próxima paragem prova que Luzerna não é apenas bonita. É culturalmente bonita. Visite a Coleção Rosengart, onde obras de Picasso, Chagall, Cézanne e Matisse convivem como se nada fosse. O museu foi fundado por Angela Rosengart, que não só colecionou as obras, como também foi retratada por Picasso. Duas vezes.
E se for passar uma ou duas noites na cidade antes de seguir para a próxima paragem, então faça-o no Mandarin Oriental Palace Luzern. Este é o Rolls-Royce da hotelaria em Luzerna. Aqui, vai desfrutar de serviço de mordomo, casas de banho em mármore e menus de almofadas.
Sabe que chegou a Arth-Goldau quando os seus companheiros de viagem
param de fazer scroll nas redes sociais e começam a apontar para íbexes. É onde
o Gotthard Panorama Express flerta com a ideia de um safári suíço. E sim, há
ursos envolvidos. Ursos reais, peludos e fotogénicos.
Arth-Goldau é um dos principais entroncamentos ferroviários da Suíça. É onde os
comboios que seguem para norte e sul se cruzam educadamente antes de seguirem
os seus caminhos. Mas não se apresse a tratá-lo como uma simples paragem
técnica. Porque mesmo à saída da estação encontra-se uma surpresa inesperada: o
Natur- und Tierpark Goldau. Este parque de vida selvagem ao ar livre é o tipo
de lugar onde os veados passeiam ao seu lado. Vai vaguear por 42 hectares de
trilhos arborizados, sobre rochas cobertas de musgo e pontes de madeira, como
se tivesse tropeçado numa Nárnia suíça.
Pode até almoçar por cima dos lobos (em segurança) no restaurante Grüne
Gans, que serve especialidades regionais com uma pitada de adrenalina. Nada diz
“almoço memorável” como cortar um rösti enquanto um lince passa junto à sua
mesa.
Não lhe apetece subir montanhas hoje? Sem problema. Faça um passeio à beira do
Lago Lauerz, um tesouro tranquilo onde os cisnes superam os turistas e a única
poluição sonora é o suave bater da água nos paddleboards.
E para uma estadia de luxo, considere o Wellnesshotel Stoos. Fica do outro lado do Lago Lauerz, acessível por funicular. Aqui encontrará jacuzzis ao ar livre com vistas alpinas e um menu de spa que inclui massagens com compressas de ervas e banhos de pinho montanhoso. Sim, tecnicamente não é em Arth-Goldau, mas é suficientemente perto para um desvio de sonho.
Deixar Arth-Goldau não é fácil, mas confie: a próxima etapa da viagem
faz com que dizer adeus pareça trocar um bom sonho por um ainda melhor. Vai
começar a deslizar pelo Lago de Lucerna a bordo de um barco a vapor Belle
Époque. E também passará por capelas encravadas nas falésias (olá, Capela de
Tell, estamos a ver-te), enseadas em forma de fiorde e aldeias montanhosas que
parecem retocadas no Photoshop.
Flüelen pode ser pequena, mas não se deixe enganar pelo tamanho.
Comece a visita pela Capela de Guilherme Tell. Sim, Guilherme Tell — o lendário atirador de maçãs e resistente ao domínio dos Habsburgos. A capela onde ele supostamente saltou para a liberdade (no meio do lago!) é visível do barco, mas a partir de Flüelen pode caminhar por parte do “Weg der Schweiz”, o trilho nacional que serpenteia por vilas e vales ligados ao mito da fundação da Confederação Suíça.
Não saia da cidade sem provar as suas delícias. Em Flüelen, passe por uma estalagem à beira do lago como o Restaurant Seerausch, onde o lúcio-perca é fresco, as batatas vêm em forma de rösti e as sobremesas chegam com um toque de kirsch. É luxo humilde — do tipo comestível.
Flüelen faz “stealth wealth”. Sussurra luxo em vez de gritá-lo. E se está a pensar passar a noite aqui, opte pelo Hotel Höfli. Este hotel fica mesmo no centro da cidade. E se estiver com vontade de algo mais luxuoso, então faça um transfer privado até ao Hotel Villa Honegg, a apenas 30 minutos. O Villa Honegg é o que aconteceria se o James Bond construísse um retiro de bem-estar. Já viu as fotos, certo? Aquela piscina infinita com os Alpes a dissolverem-se no céu como se tivessem sido pintados a óleo só para o seu mergulho matinal?
Ah, Bellinzona. Pisque os olhos, e pode pensar que entrou numa pintura
renascentista. Se essa pintura tivesse bares de espresso e estatuto de
Património Mundial da UNESCO.
O Gotthard Panorama Express chega a Bellinzona como quem sabe que está a entrar
numa cidade feita de poder e vistas fabulosas. Antigamente, era o posto de
controlo estratégico entre o norte e o sul da Europa. Agora? É onde se faz
check-in para gelados, torres de granito e momentos gastronómicos.
Castelos, querido/a. São três. Sim, três. Bellinzona não é subtil quanto ao seu
horizonte. A pairar sobre a cidade como guarda-costas estilosos estão
Castelgrande, Montebello e Sasso Corbaro. Este trio de fortificações listadas
pela UNESCO outrora mantinha invasores à distância — agora atrai instagrammers
aos magotes.
Comece pelo Castelgrande, empoleirado mesmo no centro da cidade (e
acessível por um elevador escavado na rocha — o James Bond aprovaria). As
vistas panorâmicas das muralhas? De fazer suspirar.
Depois há o Montebello, que parece ter sido desenhado por alguém que maratonou
“Game of Thrones”, mas com melhor gosto. Percorra as ameias, liberte o
cavaleiro/a que há em si e tente não aparecer por engano numa sessão de fotos
de casamento.
E por fim, o Sasso Corbaro, o mais alto dos três, é uma fortaleza transformada em galeria de arte com lugar na primeira fila para os Alpes e o Lago Maior em dias limpos.
E se quiser experimentar um brilho Michelin neste cenário, apanhe um táxi curto até ao Ristorante Locanda Orico, mesmo fora do centro da cidade. O menu do Chef Lorenzo Albrici é todo feito com ingredientes locais vestidos a rigor. E sim, há menu de degustação. Porque, convenhamos, por que escolher apenas um prato quando pode provar cinco ou seis? Cada prato é uma carta de amor ao terroir de Ticino.
Chegar aqui a bordo do Gotthard Panorama Express é como entrar num
cenário de cinema glamoroso.
Esta cidade é o canto mais solarengo da Suíça, onde palmeiras balançam como se
estivessem a fazer audições para um anúncio de férias e as ruas empedradas
vibram com elegância italiana. Se a Suíça e a Itália tivessem um filho
estiloso, seria Lugano.
Esta cidade percebe de cultura. O LAC Lugano Arte e Cultura é um templo moderno
de tudo o que é criativo. Imagine isto: um palácio elegante e contemporâneo que
parece saído diretamente de um filme futurista, mas pulsa ao som da música
clássica, do teatro de vanguarda e das artes visuais que deixam qualquer um de
queixo caído. E se é fã de arquitetura — ou apenas gosta de sítios que dão
ótimos fundos de Instagram — o edifício em si já vale a visita. Este espaço foi
concebido pelo arquiteto suíço Ivano Gianola e é uma verdadeira aula de como
misturar o modernismo elegante com ambientes acolhedores.
Mas há mais na cultura de Lugano. A sua cena comercial é uma mistura elegante
de boutiques de luxo e artesãos locais encantadores. A Via Nassa é o seu mapa
do tesouro de luxo, salpicado com nomes de designers como Prada e Gucci. E
acredite, mesmo que não compre nada, o window-shopping aqui é puro deleite
visual.
E quando o estômago começar a sussurrar doces tentações, é hora de se
render ao Ristorante Principe Leopoldo. Este restaurante com estrela Michelin
serve menus de degustação que parecem uma sinfonia dos melhores ingredientes de
Ticino. Dica: se quiser ir em modo rockstar gastronómico, experimente o robalo
em crosta de sal. Este prato é praticamente um número de ilusionismo culinário.
Vai sentir-se como se estivesse a nadar no Mediterrâneo — sem molhar os pés.
Depois de jantar como um monarca gastronómico no Ristorante Principe Leopoldo,
está na hora de viver como tal. Fique na Villa Principe Leopoldo. Este
santuário cinco estrelas não é apenas um hotel; é um retiro luxuoso onde cada
detalhe sussurra “prazer” e “serenidade” na mesma frase. O spa é um santuário
dentro de um santuário e vai transportá-lo diretamente para o paraíso do
bem-estar.
Suba a bordo do Gotthard Panorama Express e esqueça tudo o que sabe
sobre “chegar rápido”. A viagem completa de Luzerna a Lugano demora cerca de 6
horas e 45 minutos, o que pode parecer uma eternidade se está habituado/a a
andar sempre a correr, mas acredite: esse é precisamente o objetivo. É como um
slideshow em câmara lenta dos Alpes suíços, feito para o obrigar a parar,
respirar e realmente absorver tudo.
Aqui não se trata de pressa; trata-se de saborear cada curva, cada túnel, cada
cume que desliza pela janela. Vai ver os Alpes exibirem-se, vilas acenarem e
lagos cintilarem como se estivessem a dar espetáculo só para si. É o tipo de
viagem em que vai desejar que o percurso seja mais longo. E com paragens
encantadoras pelo caminho, há muitas desculpas para descer, esticar as pernas,
petiscar ou mimar-se com algo especial. O Gotthard Panorama Express é,
basicamente, a forma suíça de dizer: “Abranda e desfruta da magia.”
O Gotthard Panorama Express oferece uma viagem sensorial completa de
Luzerna a Lugano, combinando um tranquilo cruzeiro de barco com uma viagem de
comboio panorâmico em primeira classe. Operando de início de abril até final de
outubro, esta rota realiza-se uma vez por dia em cada direção. Há partidas de
Luzerna de manhã e regresso de Lugano à tarde.
A viagem começa com um passeio de barco relaxante de Luzerna até Flüelen pelas
águas glaciais do Lago de Lucerna. Para esta etapa, precisará de um bilhete
válido em 1.ª ou 2.ª classe, marcado explicitamente como “via barco”. Não são
necessárias reservas de lugar no barco, por isso pode sentar-se onde quiser.
De Flüelen até Lugano (ou de Arth-Goldau até Lugano, se se juntar mais tarde),
a experiência continua de comboio — e aqui começa o luxo total: o comboio opera
exclusivamente em 1.ª classe. Isso significa assentos mais largos, janelas
panorâmicas e uma atmosfera tranquila ideal para apreciar a deslumbrante
paisagem montanhosa do Gotthard. Além de um bilhete ou passe válido de 1.ª classe,
todos os passageiros são obrigados a efetuar uma reserva de lugar para este
troço.
Os bilhetes e as reservas de assento podem ser feitos com até 11 meses de
antecedência através do site da SBB ou em qualquer grande estação ferroviária
suíça. Como se trata de um serviço sazonal e com capacidade limitada, é
altamente recomendável reservar com antecedência — especialmente durante o
verão e o outono, quando a procura — e a paisagem — atingem o auge.
Pode chamar-lhe requinte sobre carris. O Gotthard Panorama Express não
trabalha com classe económica — é uma experiência de classe única, e essa
classe é a Primeira.
Estas carruagens não são os compartimentos comuns de comboio. Envolvidas em
vidro do chão ao teto, os vagões panorâmicos foram desenhados com um único
objetivo: provocar o maior número possível de “uau”. As janelas são altas,
largas e dramáticas. Lá dentro, é uma lição de sobriedade suíça. Assentos em
pele macia acolhem-no como se fosse o escolhido. A iluminação é quente e
perfeita para o Instagram. A temperatura? Sempre no ponto certo.
Não há vagão-restaurante, mas quem precisa de cozinha completa quando há um
carrinho de snacks a passar como um minibar ambulante? Pense em shots de
espresso, espumante e petiscos requintados o suficiente para se sentir
sofisticado/a.
Está pronto para trocar a velocidade pelo esplendor? Deixe-nos desenhar a sua
escapadinha no Gotthard Panorama Express — com transfers privados, estadias
junto ao lago e indulgência alpina incluídas.
Comece a sua viagem com a Revigorate.