Solicitar um orçamento >
Algumas viagens de comboio terminam com uma vista. Esta termina com um país totalmente diferente.
Esta é a Extensão do Bernina Express até Milão. Pensa neste comboio como aquele prodígio que escala glaciares, ostenta credenciais de Património Mundial da UNESCO e ainda consegue entrar em Itália sem perder o ritmo. A extensão não liga apenas cidades; liga estados de espírito. Num momento estás a saborear um chocolate quente no paraíso alpino de Tirano e, no seguinte, estás a apreciar espressos e aperitivos em Milão, onde a moda é afiada e o gelado ainda mais.
E não nos esqueçamos do Viaduto Espiral de Brusio, um laço em pedra que parece ter sido rabiscado por Escher durante a pausa para almoço. O comboio literalmente dá voltas sobre si mesmo, só para dizer: “Vejam do que sou capaz.”
Portanto, sim, o Bernina Express até Milão é uma continuação. Mas, na verdade, é uma reviravolta na história. Uma viragem estilosa à esquerda. Uma ponte entre o glamour suíço e a dolce vita italiana. Sem necessidade de carimbo no passaporte (bem, talvez um). Apenas uma saudável apreciação por este tipo de viagem de comboio que parece merecer a sua própria banda sonora.
Todos a bordo, preparem-se para este remix.
Tirano é a cidade encantadora que funciona como verdadeiro episódio cruzado da tua aventura no Bernina: parte serenidade de bola de neve, parte devaneio movido a espresso. Antes de apanhares o comboio, aproveita primeiro a cidade.
Vamos falar de protagonistas. Primeiro: o Santuario della Madonna di Tirano. Esta maravilha barroca é mais do que uma igreja. Foi construída no século XVI depois de um homem local afirmar ter tido uma visão da Virgem Maria. Hoje ergue-se como um ponto de exclamação sagrado na margem da cidade.
E antes que te percas num transe induzido por queijo, faz um desvio até ao Palazzo Salis. Esta é uma residência nobre do século XVII transformada em museu. Pensa nele como a cápsula do tempo de Tirano: soalhos rangentes, frescos aristocráticos e jardins secretos que parecem saídos de uma novela renascentista. Vais dar por ti a sonhar acordado na sala de estar de um conde do século XVII. E sim, os tetos continuam deliciosamente exagerados.
Agora, passemos ao que realmente importa: comer. Vai até à Trattoria Valtellinese, onde os pizzoccheri são reis. Imagina aquelas fitas de massa de trigo-sarraceno salteadas com salva, manteiga e queijo local derretido. É o tipo de prato que te abraça por dentro e não pede desculpa por isso.
E para dormir, o Hotel Centrale é a tua escolha segura. Uma combinação perfeita de aconchego e elegância. Pensa em vigas expostas, casas de banho em pedra polida e uma zona de bem-estar com banho turco e duches de hidromassagem, porque nunca é demais encaixar um momento de spa antes de apanhares o próximo comboio.
Salta do comboio em Sondrio e tudo se torna claro: isto não é uma paragem técnica, é uma paragem para saborear. No coração da região vinícola de Valtellina, esta cidade é onde os Alpes afrouxam o colarinho e as uvas começam a tagarelar.
Primeiro, cria o ambiente com um passeio pela Piazza Garibaldi. Esta é uma praça refinada, emoldurada por fachadas neoclássicas e por locais que parecem ter saído de um editorial de moda. Aqui, o tempo abranda da melhor forma possível. A praça é ladeada por lojas, bares de vinhos e cafés históricos onde podes saborear um copo de tinto de Valtellina e fingir que estás a escolher cenários para um filme.
Mas o verdadeiro tesouro aqui é o Castel Masegra, estrategicamente colocado num afloramento rochoso mesmo acima do centro da cidade. Outrora uma fortaleza medieval com muralhas e todo o dramatismo de um episódio de Game of Thrones (sem dragões, claro). Hoje abriga o CAST – il Castello delle Storie di Montagna, um museu inovador dedicado à vida alpina e às histórias das montanhas. Vais encontrar exposições interativas sobre alpinistas lendários, cultura tradicional das montanhas e até sobre a evolução do equipamento de montanhismo. Perfeito para quem gosta de cultura com uma dose de adrenalina.
Procuras alojamento que te faça sentir como nobreza moderna? Reserva no Grand Hotel della Posta. Este palácio do século XVII domina a arte do luxo discreto. Tem um spa íntimo escondido nas antigas caves de vinho. Imagina banhos de vapor, rituais de aromaterapia e massagens que fazem os músculos suspirar de gratidão.
Agora, o toque final: o Ristorante 1862, a joia gastronómica do hotel. Um espaço liderado por chefs que sabem que cozinha regional não significa jogar pelo seguro. Aqui podes provar pastéis de queijo local e vinhos da região. Para os enófilos, o restaurante oferece visitas privadas à cave e provas verticais à luz de velas.
Se Sondrio é o intelectual introspectivo a saborear vinho num palácio, Morbegno é o amigo encantador que te convida para queijo. MAS, vais estar a fazer parapente ao jantar.
Comecemos pela razão que faz os gastrónomos sussurrarem sobre Morbegno como se fosse um segredo sagrado: o queijo Bitto. Sim, esta é a terra natal do lendário Bitto, envelhecido lentamente e a grande altitude. Vai até ao Centro del Bitto Storico Ribelle, onde artesãos de avental impecável te guiarão pela alquimia alpina do queijo. Há provas, claro, e se tiveres sorte com o horário, poderás assistir à produção tradicional do queijo. Sim, caldeirões de cobre, chamas abertas e leite ainda quente dos pastos da montanha.
Quando estiveres devidamente embriagado de laticínios, entra na Chiesa di San Giovanni Battista. Um sonho rococó do século XVII que parece ter sido desenhado por alguém com amor profundo por folha de ouro e drama. O altar é ornamentado o suficiente para rivalizar com casamentos reais, e os frescos do teto atingem o nível ideal de exuberância.
Se Morbegno tivesse um nome do meio, seria “inesperado”. E isso leva-nos a um dos seus segredos mais bem guardados: o Agriturismo Ortesida. Ortesida é o estilo alpino disfarçado de turismo rural. E ouvimos dizer que os pizzoccheri aqui são de morrer.
E quando chega a hora de relaxar (ou fingir que és protagonista de um filme indie de viagens), faz o check-in no Hotel La Brace. Esta é uma quinta do século XIX renovada, nos arredores da cidade. E se quiseres uma verdadeira experiência de luxo, pede uma das suas suítes românticas com vista para a montanha e banheira de hidromassagem.
À medida que o comboio curva suavemente para sul, a paisagem começa a mudar. O vale estreita-se, o ar ganha brisa de lago e, de repente, bam, aí está Colico. Este é o primeiro sinal de que la Dolce Vita está a chegar com força. A cidade situa-se onde o rio Adda desagua no Lago di Como e a sua localização dá-lhe um ar de pausa natural.
Começa com uma visita ao Forte Montecchio Nord, o forte da Primeira Guerra Mundial mais bem preservado da Europa. Agora, “forte” pode não gritar luxo, mas este é diferente. Foi construído entre 1911 e 1914 e nunca foi usado em combate. Os canhões giratórios Schneider (sim, giratórios) continuam operacionais e, francamente, são muito instagramáveis. Reserva uma visita guiada privada para uma viagem profunda entre história e tecnologia.
Dos vestígios de guerra passamos para o puro bem-estar: Abadia de Piona. Este é um mosteiro sereno à beira do lago, ainda habitado por monges cistercienses. É acessível de barco, bicicleta ou por uma caminhada especialmente cénica. E sim, os monges ainda produzem licores de ervas no local (se pedires com gentileza, podem partilhar uma prova do seu elixir de manjericão).
Para saborear Colico, vai até ao Ristorante Il Vapore. Uma instituição à beira-lago com um terraço tão perto da água que quase podes molhar os pés entre pratos. Conhecido pelos delicados pratos de peixe de lago, massas artesanais e risottos ricos com ervas locais, é um daqueles lugares onde os sabores sussurram luxo sem precisar de o anunciar.
Pronto para relaxar com estilo? O Seven Park Hotel oferece luxo contemporâneo mesmo na margem do lago. O glamour revela-se na sua arquitetura moderna, janelas do chão ao teto e um spa elegante com massagens, saunas finlandesas e jacuzzis exteriores com vista para os Alpes. É o tipo de lugar onde o tempo para e os ombros finalmente relaxam.
Continuando para sul, o comboio desliza ao longo do braço oriental do Lago di Como e, subitamente, Lecco surge como um ato final que se recusa a ser ofuscado. Lecco é maior, mais animada e discretamente literária. É a cidade natal de Alessandro Manzoni, cujo romance Os Noivos é, basicamente, a resposta italiana a Orgulho e Preconceito.
Falando em Manzoni, primeira paragem: Villa Manzoni é a residência neoclássica onde o célebre escritor cresceu. Hoje, é um museu que mistura história familiar, mobiliário do século XIX e artefactos literários com uma pitada de melodrama. Reserva uma visita guiada privada e terás acesso a manuscritos originais, arte de época e uma introdução intensiva ao prestígio literário italiano.
Para um toque de natureza com um lado de “uau”, ruma aos Piani d’Erna. Este planalto panorâmico é acessível por teleférico a partir da vizinha Malnago. No topo? Trilhos, prados alpinos e uma vista de cortar a respiração que pode redefinir por completo a tua estratégia no Instagram.
Jantar em Lecco? É uma arte. Reserva uma mesa no Soqquadro, um restaurante de fine-dining que é parte galeria de design, parte maravilha culinária. Espera pratos como risotto de açafrão com tártaro de peixe de lago. É moderno. É misterioso. E a apresentação é, basicamente, arquitetura comestível.
Agora para uma noite cheia de estilo: faz o check-in no NH Lecco Pontevecchio. Esta é uma propriedade moderna e elegante situada junto ao rio Adda. Os quartos são espaçosos, de linhas simples, mas são as vistas para o lago e as montanhas Grigna que roubam a cena. O hotel também disponibiliza aluguer de e-bikes para quem se sentir sporty-chic e quiser passear à beira-lago sem suar.
Mas se ainda não estás pronto para te despedires do lago, sugerimos uma última indulgência…
Vamos ser sinceros. Depois de serpenteares por picos alpinos, desceres vales cobertos de vinhas e deslizares pela deslumbrante margem oriental do Lago di Como, só há uma forma de elevar o momento: num iate. No lago. De preferência com um copo de prosecco na mão.
Este é o grande final que não sabias que precisavas, mas que absolutamente mereces. E embora passear na marginal ou saborear um espresso em Bellagio seja ótimo, embarcar num iate privado leva o nível diretamente para “energia de protagonista”.
Uma vez a bordo, é puro veludo líquido. O barco corta o lago enquanto vilas deslizam no fundo como figurantes na cena de abertura de um filme. Cada margem parece curada. Cada ondulação, digna de Instagram.
As opções de aluguer vão desde os elegantes Rivas que parecem ter acabado de sair de uma sessão fotográfica, até aos espaçosos iates com convés de teca onde o prosecco nunca aquece e as toalhas estão sempre fofas. A maioria inclui um skipper que conhece o lago como a palma da mão. E falemos de comodidades. Tábuas de aperitivos a bordo com charcutaria tão artesanal que provavelmente tem o seu próprio Instagram. Podes apanhar sol em silêncio ou viver um verdadeiro euro summer montage em tempo real.
Porque depois de todos os comboios, túneis e suspiros cénicos, tu mereces isto. Este é o luxo com “l” minúsculo. Apenas elegância sem esforço, discretamente extravagante. Não se trata de ser visto. Trata-se de ver tudo… da proa do teu próprio barco.
Monza é onde os jardins reais se encontram com motores em fúria. É o tipo de lugar onde os domingos começam com um espresso num pátio palaciano… e terminam com carros de Fórmula 1 a quebrar a barreira do som.
Começa a tua viagem de caos requintado na Villa Reale di Monza. Pensa em Versalhes, mas com sotaque lombardo. Encomendada no século XVIII pelos Habsburgos e mais tarde refinada pela dinastia de Saboia, esta maravilha neoclássica tem escadarias monumentais, salões espelhados e candelabros que podiam facilmente servir de armamento. Podes também juntar-te a visitas guiadas que te dão acesso aos opulentos apartamentos reais.
Atrás da villa estende-se o Parco di Monza, um dos maiores parques murados da Europa (sim, maior do que o Central Park de Nova Iorque). Aqui, os veados passeiam livremente, ciclistas deslizam junto a vilas do século XIX e os locais fazem piqueniques como se fosse uma modalidade olímpica. Podes passear, alugar um carrinho de golfe ou andar de charrete se estiveres com espírito Bridgerton.
Agora, vamos mudar de velocidade — literalmente. Dentro do parque está o lendário Autodromo Nazionale Monza, o histórico circuito de Fórmula 1. Mesmo que não sejas fã de desportos motorizados, há algo inegavelmente emocionante em estar numa pista onde lendas como Schumacher e Hamilton deixaram marcas de borracha no asfalto.
Para a noite, faz o check-in no Hotel de la Ville Monza, mesmo em frente à Villa Reale. Este charmoso hotel de quatro estrelas parece uma mansão aristocrática.
E se estiveres com vontade de algo mais moderno, vai até ao Saint Georges Premier. Um restaurante de fine dining contemporâneo situado no próprio parque. Toalhas brancas, menus de degustação e um cenário tão romântico que podia facilmente servir de platô de cinema. Espera ingredientes locais, pratos visualmente artísticos e harmonizações vínicas que flertam com a perfeição.
Se estações de comboio desfilassem em passarelas, a Milano Centrale fecharia o espetáculo. Foi construída para impressionar o ego de Mussolini (e conseguiu), sendo uma das entradas mais dramáticas da Europa.
Depois de abanar o espanto causado pela estação, está na hora de explorar. Vai até ao Duomo di Milano. Sim, é a escolha óbvia. E não, isso não o torna menos icónico. A segunda maior catedral do mundo demorou seis séculos a ser concluída. Sobe (ou apanha o elevador, sem vergonha) até aos terraços do telhado e assiste aos pináculos góticos a furar o céu, com uma vista que vai dos arranha-céus modernos até picos cobertos de neve ao longe.
A poucos passos está a Galleria Vittorio Emanuele II, a versão milanesa de um centro comercial. Mesmo que não vás comprar nada, tens de dar uma voltinha no mosaico do touro para dar sorte. É turístico, é parvo e sim, até os locais o fazem às escondidas.
Já com fome? Para uma refeição que acompanhe a ambição de Milão, faz reserva no Ristorante Cracco, mesmo junto à Galleria. Comandado pelo chef celebridade Carlo Cracco, esta maravilha com estrela Michelin mistura tradição milanesa com inovação radical. Imagina risotto de açafrão reinventado. Pede o menu de degustação e prepara-te para uma ópera culinária em cinco atos.
E quando o dia chega ao fim e precisas de um lugar para colapsar com elegância? Faz o check-in no Bvlgari Hotel Milano. Este hotel está escondido atrás de um jardim privado perto de Brera; é o tipo de santuário cinco estrelas discreto que sussurra luxo em italiano. Os quartos? Elegantes, tranquilos e ajustados como um fato de alta-costura. É onde os editores de moda se refugiam entre desfiles e onde, provavelmente, vais desejar ter reservado mais duas noites.
A extensão do Bernina Express até Milão demora cerca de 2,5 a 3 horas, mas relógios pouco importam quando deslizas pelo norte de Itália como figurante em Murder on the Orient Express.
Esta não é a parte da viagem em que se dorme. É a fase de arrefecimento cénico. Os picos dão lugar a vinhedos, aldeias de pedra acenam à distância e, algures pelo caminho, o tempo de ecrã desce a zero porque a vista trata de tudo. Espera uma descida lenta por cenários tão perfeitamente compostos que parecem propositadamente encenados.
Poderia esta viagem ser mais rápida? Tecnicamente, sim. Mas perderias a magia que acontece quando o norte de Itália se revela lentamente, como uma mala de luxo com compartimentos infinitos. Esta viagem é o tipo de caos suave que apetece saborear. Há drama rural, uma procissão suave de abadias e quintas de alpacas e, de repente… BAM! Milano Centrale aparece em todo o seu mármore como se tivesse estado à tua espera o tempo todo.
Portanto, sim, são 2,5 a 3 horas. 2,5 a 3 horas de mudança de paisagens, de estados de espírito e de preparação para desfilar por Milão.
A extensão do Bernina Express de Tirano até Milão pode soar como um epílogo, mas este troço sabe como sustentar o terceiro ato do teu drama alpino com elegância. Estás a bordo com a Trenord, a MVP do comboio regional em Itália.
Os comboios circulam o ano inteiro, normalmente uma vez por hora, desde manhã até à noite. Isso significa: nada de pânico a vasculhar horários ou correrias como se estivesses a perseguir uma gôndola desgovernada. Basta entrares na estação de Tirano, comprares o bilhete (ou exibires o teu passe ferroviário como o profissional de viagens que és) e preparares-te para 2,5 a 3 horas de deslizamento até ao coração de Milão. A menos que estejas a viajar no verão, altura em que alguns troços da linha podem trocar para autocarros devido a obras de manutenção. Nada de grave — apenas um lembrete para verificares com antecedência, a menos que gostes de road trips espontâneas.
Tens um passe Eurail ou Interrail? Sortudo. Esta viagem está incluída. Basta entrar, sem reservas nem dramas. Mas se estiveres a usar um Swiss Travel Pass, infelizmente esta parte já não está coberta. Assim que entras em Itália, são outras regras… e outra massa.
Resumindo: compra o bilhete, garante o lugar à janela e desfruta de um dos segredos cénicos mais bem guardados do norte de Itália.
Visite-nos
O nosso escritório
Ligue-nos
Pergunte-nos
Solicite o seu orçamento
Voltar à página inicial
© 2025 revigorate.com. Todos os direitos reservados.
Revigorate, Iberian Escapes e Algarve Lifestyle são as marcas da APCS Lda. Somos uma agência de viagens totalmente autorizada pelo Turismo de Portugal RNAVT / 6867
Política de privacidade
Disclaimer